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Mais informações: Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Estudos Socioeconômicos dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro 2016 - Belford Roxo
Belford Roxo, antigo Engenho do Brejo, pertenceu à cidade do Rio de Janeiro até 15 de janeiro de 1833, quando passou a fazer parte do município de Iguaçu, atual Nova Iguaçu. Habitadas anteriormente pelos índios jacutingas, suas terras foram assinaladas pela primeira vez no mapa elaborado por João Teixeira Albernaz II, em 1566, entre os rios "Merith, Simpuiy e Agoassu".
Com a implantação de sistema de capitanias hereditárias, a região coube a Martim Afonso, o donatário de São Vicente. Como o estabelecimento da sede da capitania ficou ao sul, as costas setentrionais foram abandonadas à cobiça dos franceses, aliados dos índios. Somente a partir de meados do século XVIII é que se registram como seus primeiros e efetivos colonizadores o capitão Apolinário Maciel e seu irmão padre Antônio Maciel, que ali se fixaram.
Cortado pelo rio Sarapuí e, como quase toda a Baixada Fluminense, cercado por pântanos e brejais, o território onde está situado o atual município de Belford Roxo possuía em sua margem um porto para escoamento da produção de açúcar, arroz, feijão, milho e aguardente, cujo engenho fazia parte da freguesia de Santo Antônio de Jacutinga. O povoado sempre refletiu prosperidade. Somente pela metade do século XIX começou seu período de decadência. A construção da estrada de ferro Rio do Ouro, inaugurada em 20 de janeiro de 1883, provocou o surgimento de povoações, vilas e cidades às suas margens, enquanto, paradoxalmente, localidades mais antigas desapareciam rapidamente.
Após uma sucessão de proprietários, a fazenda do Brejo, que pertenceu ao barão de Jacutinga e ao visconde de Barbacena, foi o núcleo inicial de uma pequena vila que, depois de se chamar de Ipueras e Calhamaço Brejo, passa a ter a denominação atual em homenagem ao engenheiro maranhense Raimundo Teixeira Belford Roxo, colaborador de Paulo de Frontin na solução dos problemas de abastecimento de água da capital no final do século XIX.
Belford Roxo está integrado ao sistema viário e ferroviário da capital do estado, dada sua vizinhança à cidade do Rio de Janeiro. Segundo o Censo 2010, o município possuía 157.908 domicílios, dos quais 1% era de uso ocasional. Belford Roxo possui duas agências de correios, doze agências bancárias e três estabelecimentos hoteleiros. Quanto aos equipamentos culturais, o município não dispõe de teatro, mas tem um cinema, um museu e uma biblioteca pública.
Fonte das informações: Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Estudos Socioeconômicos dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro 2013 - Belford Roxo. Disponível no sítio do TCE-RJ.
Mortalidade infantil | Taxa | Tendência | |
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Mortalidade infantil | 14.07 | ||
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Neonatal precoce | 6.01 | ||
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Neonatal tardia | 2.46 | ||
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Pós neonatal | 5.60 | ||
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Mais informações: Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Estudos Socioeconômicos dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro 2016 - Duque de Caxias
Duque de Caxias tem sua história intimamente ligada à de São João de Meriti, do qual fazia parte grande porção de seu território. O povoamento da região data do século XVI, quando foram doadas sesmarias da capitania do Rio de Janeiro. Em 1568, Braz Cubas, provedor da Fazenda Real e das capitanias de São Vicente e Santo Amaro, recebeu, em doação de sesmaria, 3.000 braças de terras de testada para o mar e 9.000 braças de terras de fundo para o rio Meriti, ou mais propriamente, “Miriti”, cortando o piaçabal da “aldeia jacotinga”. Outro dos agraciados foi Cristóvão Monteiro, que recebeu terras às margens do Iguaçu, parte das quais daria origem a Duque de Caxias.
Em 1637, foi criada a freguesia de Nossa Senhora do Pilar (atual Duque de Caxias). A construção de uma igreja dedicada à santa deu origem a um embarcadouro, que tinha como função principal o recebimento e o transporte do ouro que chegava oriundo da região das Minas Gerais pelo Caminho Novo do Tinguá.
Durante muito tempo, as lavouras de cana-de-açúcar, arroz, milho, mandioca e feijão proporcionaram aos proprietários locais a acumulação de fortunas, graças à força de trabalho escravo. Em 1833, a povoação de Iguaçu (atual Nova Iguaçu) foi elevada à categoria de vila, compreendendo territórios das freguesias de São João de Meriti e Nossa Senhora do Pilar.
Ainda por alguns anos, foi notável o progresso na região. Somente pela metade do século XIX começou seu período de decadência. A devastação impiedosa das matas trouxe como resultado funesto a obstrução dos rios, e seu consequente extravasamento motivou a formação de pântanos. As epidemias e os mosquitos tornaram a região praticamente inabitável. As propriedades foram abandonadas. A situação era de grande penúria e assim permaneceria ainda por algumas décadas.
Meriti deve seu reerguimento a Nilo Peçanha, iniciador das obras de saneamento da Baixada Fluminense. Além disso, o prolongamento das linhas da estrada de ferro Leopoldina melhorou o acesso da cidade à capital. Posteriormente, com a abertura da estrada Rio-Petrópolis, ainda mais próspera tornou-se a estação de Meriti e adjacências.
Em 1931, Duque de Caxias desmembrou-se de São João de Meriti para constituir mais um distrito de Nova Iguaçu com sede na velha estação de Meriti e, pelo Decreto nº 1.055, de 31 de dezembro de 1943, foi o mesmo elevado à categoria de município com o nome atual de Duque de Caxias, instalado em 1º de janeiro de 1944.
Duque de Caxias está integrado ao sistema viário e ferroviário da capital do estado, dada sua vizinhança à cidade do Rio de Janeiro. Um arco rodoviário da Região Metropolitana (BR-493, RJ-109 e RJ-099) fará a ligação do porto de Sepetiba, em Itaguaí, à BR-101, em Itaboraí. Passa por Seropédica e requer a construção de trecho entre Queimados, Nova Iguaçu e Duque de Caxias. Lá ele cruza com a BR-040, juntando-se à BR-116 em Magé, e segue para Guapimirim, chegando a Itaboraí no trevo de Manilha.
Segundo o Censo 2010, o município possuía 296.222 domicílios, dos quais 2% eram de uso ocasional. Duque de Caxias possui nove agências de correios, 52 agências bancárias e 20 estabelecimentos hoteleiros. Quanto aos equipamentos culturais, o município dispõe de cinco cinemas e quatro teatros, de cinco museus e de seis bibliotecas públicas.
Fonte das informações: Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Estudos Socioeconômicos dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro 2013 - Duque de Caxias. Disponível no sítio do TCE-RJ.
Mortalidade infantil | Taxa | Tendência | |
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Mortalidade infantil | 13.66 | ||
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Neonatal precoce | 5.60 | ||
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Neonatal tardia | 1.92 | ||
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Pós neonatal | 6.14 | ||
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Mais informações: Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Estudos Socioeconômicos dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro 2016 - Itaguaí
O desbravamento do atual território do município de Itaguaí data de meados do século XVII. Os jesuítas lançaram as bases da futura povoação em terras compreendidas entre os rios Tinguaçu e Itaguaí, para catequizar os índios tupiniquins que inicialmente achavam-se fixados na ilha de Jaguaranenon (atual Jaguanum). Mais tarde, transferiram-se para a ilha de Piaçavera, atual Itacuruçá. Posteriormente, os missionários verificaram que as terras da fazenda de Santa Cruz melhor se prestavam para aldeamento, para lá se mudando com os indígenas, onde erigiram templo dedicado a São Francisco Xavier, inaugurado em 1729.
De origem tupi, o topônimo Itaguaí seria a junção de duas palavras (ita + guay) que significaria “lago entre pedras” ou ainda uma derivação da palavra tagoahy, que quer dizer “água amarela”. Para confirmar esta segunda hipótese, é de se observar que existia um aldeamento dos jesuítas chamado Taguay, que possuía este nome justamente porque a água captada no local possuía uma tonalidade amarelada.
Dotado de terras férteis, Itaguaí desfrutou, até 1880, de fortes atividades rurais e comerciais, exportando cereais, café, farinha, açúcar e aguardente em grande escala. Com a abolição da escravatura, houve considerável êxodo dos antigos escravos, ocasionando terrível crise econômica. Esse fato, aliado à falta de transporte e à insalubridade da região, fez com que desaparecessem as grandes plantações, periódicas ou permanentes. O abandono das terras provocou a obstrução dos rios que cortam quase toda a baixada do território municipal, alagando-a e paralisando por várias décadas o desenvolvimento econômico.
A passagem da antiga rodovia Rio-São Paulo pelo território do antigo distrito de Seropédica e a instalação da indústria têxtil no antigo distrito de Paracambi, aliadas às obras de saneamento da Baixada Fluminense, possibilitaram ao município readquirir sua antiga posição de prestígio. Em 1938, foram iniciadas, em Seropédica, as obras do Centro Nacional de Estudos e Pesquisas Agronômicas, onde hoje funciona a Universidade Rural.
O município permaneceu sem expressão até três décadas atrás. A abertura da rodovia Rio-Santos mudou o cenário, facilitando o deslocamento entre diversos municípios próximos. A instalação do porto, mais conhecido como porto de Sepetiba, fez com que Itaguaí ingressasse de vez no ciclo econômico do estado. Recentemente, Paracambi desmembrou-se de seu território e Seropédica também se tornou município em 1997.
Itaguaí é cortado de leste a oeste pela rodovia BR-101, nesse trecho conhecida como Rio-Santos. No rumo norte, para Seropédica, é servido pela RJ-109. Um arco rodoviário da Região Metropolitana (BR-493, RJ-109 e RJ-099) fará a ligação do porto de Sepetiba, em Itaguaí, à BR-101, em Itaboraí. Passa por Seropédica e requer a construção de um trecho entre Queimados, Nova Iguaçu e Duque de Caxias. Lá ele cruza com a BR-040, juntando-se à BR-116 em Magé, e segue para Guapimirim, chegando a Itaboraí no trevo de Manilha.
Segundo o Censo 2010, o município possuía 41.290 domicílios, dos quais 11% eram de uso ocasional. Itaguaí possui duas agências de correios, 10 agências bancárias e 16 estabelecimentos hoteleiros. Quanto aos equipamentos culturais, o município não dispõe de cinema, mas tem um teatro, um museu e duas bibliotecas públicas.
Fonte das informações: Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Estudos Socioeconômicos dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro 2013 - Itaguaí. Disponível no sítio do TCE-RJ.
Mortalidade infantil | Taxa | Tendência | |
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Mortalidade infantil | 9.97 | ||
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Neonatal precoce | 5.77 | ||
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Neonatal tardia | 0.52 | ||
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Pós neonatal | 3.67 | ||
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Mais informações: Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Estudos Socioeconômicos dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro 2016 - Japeri
A palavra Japeri é de origem indígena e denomina uma planta semelhante ao junco que flutuava nos pântanos da região, a qual os índios chamavam yaperi. Esta denominação substituiu o nome de Belém, dado à localidade pelos bandeirantes paulistas responsáveis por sua ocupação e que permaneceram em seu território por quase dois séculos. É de se destacar que não existiam tribos indígenas assentadas em Belém quando se deu sua fundação. Entretanto, os indígenas que por ali passavam eram de tribos itaguaís oriundas das terras às margens do rio Guandu, onde se encontra hoje o município de Itaguaí.
A história de Japeri tem início em 1743, quando de sua fundação como Morgado de Belém. Inicialmente, as terras onde hoje se situa o município pertenciam ao antigo engenho de Pedro Dias e faziam parte de uma sesmaria que existia na freguesia de Sacra Família do Tinguá. Posteriormente, o marquês de São João Marcos deu à localidade grande desenvolvimento. Além de incentivar a lavoura, montou engenhos de açúcar, construiu inúmeras casas, erigiu a igreja de Nossa Senhora de Belém e Menino Deus, inaugurou a primeira escola e, em 1872, criou um teatro. Em 8 de dezembro de 1858, fora inaugurada a estação da estrada de ferro D. Pedro II.
A devastação impiedosa das matas da região trouxe como resultado funesto a obstrução dos rios, e o seu consequente extravasamento motivou a formação de pântanos. Epidemias e proliferação de mosquitos tornaram a região praticamente inabitável. As terras foram abandonadas e cobriram-se de vegetação inútil.
No ano de 1951, a antiga Belém passa a constituir, juntamente com Engenheiro Pedreira, o sexto distrito de Nova Iguaçu. Por haver duas localidades distintas em um só distrito, foram criadas as administrações regionais de Engenheiro Pedreira e de Japeri. Logo surgiram os primeiros movimentos emancipatórios. Um plebiscito em 30 de junho de 1991, com a finalidade de obter a emancipação político-administrativa, resultou na criação do município de Japeri, constituído pelas localidades de Japeri, Engenheiro Pedreira, Jaceruba e Rio D'Ouro, efetivado com a edição da Lei Estadual nº 1.902, de 2 de dezembro de 1991, e instalado em 1º de janeiro de 1993.
Japeri alcança a Via Dutra em Seropédica, ao sul, pela RJ-125, que segue rumo norte para Miguel Pereira, enquanto a RJ-093 liga a localidade de Engenheiro Pedreira ao município de Queimados, a sudeste. É um importante entroncamento ferroviário.
Segundo o Censo 2010, o município possuía um número total de 30.507 domicílios, dos quais 1% era de uso ocasional. Japeri possui três agências de correios, duas agências bancárias e nenhum estabelecimento hoteleiro. Quanto aos equipamentos culturais, o município não tem cinema, mas dispõe de um teatro e uma biblioteca pública. Não tem museu.
Fonte das informações: Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Estudos Socioeconômicos dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro 2013 - Japeri. Disponível no sítio do TCE-RJ.
Mortalidade infantil | Taxa | Tendência | |
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Mortalidade infantil | 20.44 | ||
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Neonatal precoce | 11.87 | ||
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Neonatal tardia | 3.30 | ||
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Pós neonatal | 5.27 | ||
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Mais informações: Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Estudos Socioeconômicos dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro 2016 - Magé
O desbravamento da região de Magé data dos primeiros tempos coloniais do Brasil. Em 1565, após a expulsão dos franceses do Rio de Janeiro, Simão da Mota é agraciado por Mem de Sá com uma sesmaria e edifica sua moradia no morro da Piedade, próximo do qual, ainda hoje, existe o porto de mesmo nome, a poucos quilômetros da sede municipal. Alguns anos depois, Simão da Mota, com outros portugueses e inúmeros escravos, transferiu-se para a localidade Magepe-Mirim, de onde se originou a atual cidade de Magé. Na época, viviam na região índios da tribo dos tamoios, dos quais não restam vestígios. A povoação foi elevada à categoria de freguesia em 1696.
Devido ao esforço dos colonizadores e à fertilidade do solo, Magepe-Mirim gozou de uma situação invejável no período colonial. O trabalho dos negros muito contribuiu para o desenvolvimento da agricultura e elevação do nível econômico local. Em 1789, Magé foi elevada à categoria de vila, obtendo assim sua emancipação, sendo instalado em 12 de junho do mesmo ano em território constituído de terras desmembradas do município de Santana de Macacu e da cidade do Rio de Janeiro. No ano de 1810, foi a localidade tornada baronato e, no ano seguinte, elevada a viscondato. Em 1857, foram-lhe atribuídos foros de cidade.
Durante o Segundo Império, foi construída em terras desse município a estrada de ferro Mauá, a primeira da América do Sul. Inaugurada em 1854, fez história em seus 14,5 quilômetros de extensão. Parte importante da história do país, Magé teve o porto mais movimentado do Brasil Colônia, o porto da Estrela, localizado na Vila Estrela, pelo qual escoavam para Portugal os tesouros arrancados das Minas Gerais. O Caminho das Pedras, primeira estrada entre o Rio de Janeiro e as Minas Gerais, foi aberto em 1726, pelo desbravador Bernardo de Proença.
Com a abolição da escravatura, houve considerável êxodo dos antigos escravos, ocasionando terrível crise econômica. Esse fato, aliado à insalubridade da região, fez com que desaparecessem as grandes plantações. O abandono das terras provocou a obstrução dos rios que cortam quase toda a baixada do território municipal, alagando-a. Daí originou-se o grassamento da malária, que reduziu a população local e paralisou por várias décadas o desenvolvimento econômico da região.
Sua localização privilegiada, próxima a cidades importantes, trouxe novo surto de desenvolvimento no século XX, com a implantação de várias indústrias, especialmente as têxteis. Em 1992, Guapimirim, então terceiro distrito de Magé, adquire sua autonomia, com redução expressiva do território mageense.
Magé é cruzado pela rodovia BR-116, de Duque de Caxias, a oeste, a Guapimirim, a nordeste. A BR-493 acessa o sul de Guapimirim, em direção a Manilha, no município de Itaboraí, e a RJ-107 segue rumo norte para Petrópolis. Um arco rodoviário da Região Metropolitana (BR-493, RJ-109 e RJ-099) fará a ligação do porto de Sepetiba, em Itaguaí, à BR-101, em Itaboraí. Passa por Seropédica e requer a construção de trecho entre Queimados, Nova Iguaçu e Duque de Caxias. Lá ele cruza com a BR-040, juntando-se à BR-116 em Magé, e segue para Guapimirim, chegando a Itaboraí no trevo de Manilha. A rodovia RJ-107, conhecida como Estrada do Imperador, sai de Imbariê, em Duque de Caxias, passa por Vila Inhomirim, de Magé, e sobe a serra desde os tempos do Império.
Segundo o Censo 2010, o município possuía 87.827 domicílios, dos quais 8% eram de uso ocasional. Magé possui duas agências de correios, 12 agências bancárias e nove estabelecimentos hoteleiros. Quanto aos equipamentos culturais, o município não dispõe de cinema e teatro, mas tem um museu e três bibliotecas públicas.
Fonte das informações: Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Estudos Socioeconômicos dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro 2013 - Magé. Disponível no sítio do TCE-RJ.
Mortalidade infantil | Taxa | Tendência | |
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Mortalidade infantil | 16.01 | ||
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Neonatal precoce | 7.41 | ||
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Neonatal tardia | 1.78 | ||
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Pós neonatal | 6.82 | ||
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Mais informações: Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Estudos Socioeconômicos dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro 2016 - Mesquita
Há 500 anos, a região era habitada pelos jacutingas, índios que se enfeitavam com penas de uma ave chamada jacu branco. Sua decadência começou quando passaram a participar, junto com outras nações indígenas, da Confederação dos Tamoios, revoltados com a ação violenta dos portugueses. A luta entre índios e portugueses, seguida de doenças contraídas pelo contato com o branco, dizimou centenas de índios que lutavam para resistir à escravidão. O bairro de Jacutinga preserva a memória desses valorosos indígenas.
Mais tarde, por volta de 1700, um engenho funcionava na descida da serra da Cachoeira, produzindo açúcar e aguardente com mão-de-obra escrava. Nos arredores desse engenho, cresceu um arraial para fazer frente à demanda de tropeiros e carroceiros que por ali passavam e abasteciam-se na cachoeira que havia nos arredores. O engenho era situado onde hoje está o parque municipal, e seu proprietário era o capitão Manoel Corrêa Vasques. As terras passaram por vários donos até parar nas mãos de Jerônimo José de Mesquita, o primeiro barão de Mesquita.
Em 1884, quando a estrada de ferro chegou às terras, a parada de trem passou a se chamar Barão de Mesquita. Nessa época, as fazendas começaram a não dar mais lucros, principalmente por conta da abolição dos escravos, e a fazenda da Cachoeira foi vendida e transformada em chácaras de plantio de laranjas. No início do século XX, surgiram as olarias, atraídas pela qualidade do barro e as áreas alagadas da região. Com a expansão do sistema ferroviário, foram implantadas várias estações, sendo que uma delas ficou localizada no centro do antigo arraial da Cachoeira, o qual logo mudou de nome para Jerônimo de Mesquita, posteriormente simplificado para Mesquita.
Durante muitos anos, a paisagem de Mesquita foi formada por laranjais, olarias e poucas residências. Por volta de 1940, a população atingia cerca de nove mil habitantes, mas a decadência na produção de laranjas provocou a venda das chácaras e começaram a surgir os primeiros loteamentos entre o pé da serra e a estrada de ferro. Pouco a pouco, as olarias também deram lugar aos loteamentos e, em 1950, a população triplicou. Na mesma época, começaram a se estabelecer em Mesquita fábricas que ajudaram a impulsionar a economia da região, dando início a um período de industrialização e progresso continuado, estando aí localizada a sede da única estação aduaneira de porto seco da Baixada Fluminense.
Segundo o Censo 2010, o município possuía 57.849 domicílios, dos quais 1% era de uso ocasional. Mesquita possui duas agências de correios, seis agências bancárias e três estabelecimentos hoteleiros. Quanto aos equipamentos culturais, o município não tem teatro, mas dispõe de um cinema e duas bibliotecas públicas. Não tem museu.
Fonte das informações: Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Estudos Socioeconômicos dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro 2013 - Mesquita. Disponível no sítio do TCE-RJ.
Mortalidade infantil | Taxa | Tendência | |
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Mortalidade infantil | 14.19 | ||
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Neonatal precoce | 5.75 | ||
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Neonatal tardia | 2.68 | ||
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Pós neonatal | 5.75 | ||
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Mais informações: Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Estudos Socioeconômicos dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro 2016 - Nilópolis
O primeiro dono das terras que hoje compreendem o município de Nilópolis foi Brás Cubas, que recebeu uma sesmaria de Mem de Sá em território habitado pelos índios jacutingas. Nessa sesmaria, incluíam-se Nilópolis, São João de Meriti, Nova Iguaçu e Caxias até as fraldas do Gericinó, que, depois, foram se transformando em novas sesmarias e grandes fazendas. Entretanto, por falta de zelo pela terra, a mesma foi retomada e doada, no ano de 1621, a João Alves Pereira, que logo tratou de erguer uma capela em homenagem a São Mateus no alto de uma elevação. Foi dentro do território dessa freguesia que surgiu uma grande propriedade rural conhecida por fazenda São Matheus.
Em 1866, o proprietário dessa fazenda era o primeiro barão de Mesquita. Seus sucessores fracionaram a área em lotes, vendidos a preços baixos e parcelados. Com a facilidade da venda dos lotes, importantes homens de negócios não pensaram duas vezes em adquiri-los e foram se fixando. Pessoas menos ricas adquiriram lotes menores e, portanto, mais baratos. Não demorou muito para que a fazenda se transformasse num povoado ainda denominado São Matheus e integrado a São João de Meriti, que era na época o quarto distrito de Nova Iguaçu. Um dos compradores desses lotes foi o coronel Júlio de Abreu, que levou amigos e parentes para a região, objetivando a construção de uma cidade; ergueu uma casa de pedra e cal, inaugurando-a festivamente no dia 6 de setembro de 1914 – marco da fundação da cidade.
Como os trilhos da estrada de ferro D. Pedro II já passavam pelo local, em novembro de 1914 um engenheiro conhecido como Lucas Soares Neiva conseguiu com que os trens fizessem uma parada obrigatória no lugar. E São Matheus ganhou a sua primeira estação, que foi denominada Engenheiro Neiva. Cansado de fazer o papel de tutor das terras de Engenheiro Neiva, São João de Meriti entrega-as para Nova Iguaçu. Assim, o povoado, por meio da Lei nº 1.332, de 9 novembro de 1916, passa a ser o sétimo distrito de Nova Iguaçu.
Em 1921, quase não se encontrava qualquer vestígio da velha fazenda São Matheus e o lugarejo Engenheiro Neiva tomava formas de cidade, tendo seu nome mudado para Nilópolis em homenagem ao presidente Nilo Peçanha, que muitos benefícios trouxe para essas terras. Tal era o progresso verificado em Nilópolis que foi elevado à categoria de município, sendo emancipado pela Lei nº 6, de 11 de agosto de 1947, e instalado em 22 de agosto do mesmo ano.
Segundo o Censo 2010, o município possuía um número total de 54.846 domicílios, dos quais 1% era de uso ocasional. Nilópolis possui duas agências de correios, 10 agências bancárias e seis estabelecimentos hoteleiros. Quanto aos equipamentos culturais, o município dispõe de três cinemas e um teatro, de dois museus e de uma biblioteca pública.
Fonte das informações: Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Estudos Socioeconômicos dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro 2013 - Nilópolis. Disponível no sítio do TCE-RJ.
Mortalidade infantil | Taxa | Tendência | |
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Mortalidade infantil | 11.83 | ||
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Neonatal precoce | 5.92 | ||
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Neonatal tardia | 3.45 | ||
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Pós neonatal | 2.47 | ||
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Mais informações: Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Estudos Socioeconômicos dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro 2016 - Nova Iguaçu
Inicialmente, o município fazia parte da capitania de São Vicente, doada a Martim Afonso de Souza (1532) e que, com a expulsão dos franceses em 1565, recebeu a denominação de capitania do Rio de Janeiro. A colonização da região começa pela doação de sesmarias, e a do “Iguassu” coube a Brás Cubas, Antônio Vaz e Manoel Ribeiro, entre outros. Em 1637, foi criada a freguesia de Nossa Senhora do Pilar (atual Duque de Caxias). Alguns anos depois, foi fundada uma povoação denominada São João Batista de Trairaponga (atual São João de Meriti). Bem mais tarde, surge um templo no então chamado arraial de Maxambomba, recebendo a denominação de freguesia de Santo Antônio de Jacutinga. Em 1833, a povoação de Iguaçu foi elevada à categoria de vila, alcançando emancipação dada pelo decreto geral de 15 de janeiro de 1833, compreendendo territórios das freguesias de São João de Meriti e Nossa Senhora do Pilar, e sendo instalada em 29 de julho do mesmo ano.
Em 1835, a Assembleia Legislativa da província, por meio da Lei nº 14, de 13 de abril de 1835, extinguiu o município, sendo o seu território dividido entre os municípios de Vassouras e Magé. Nova norma (Lei nº 40, de 7 de maio de 1836) determinou que as freguesias de Iguaçu, Macapicu, Jacutinga e Pilar ficassem provisoriamente integrando as terras de Niterói. Contudo, antes que aquele ano acabasse, o município foi restaurado pela mesma Assembleia Legislativa em 10 de dezembro, por meio da Lei nº 57.
Ainda por alguns anos foi notável o progresso na região. Somente pela metade do século XIX começou seu período de decadência. A construção da estrada de ferro, paradoxalmente, provocou o surgimento de povoações, vilas e cidades às suas margens. As condições desfavoráveis que se observavam na antiga vila de Iguaçu fizeram com que, em 1891, se transferisse a sede do município para a localidade de Maxambomba, à margem da via férrea. Ao adquirir foros de cidade em 1916, seu nome foi mudado para Nova Iguaçu.
A laranja aparece nas pautas das exportações desde o ano de 1891, mas o período áureo da citricultura foi o da década de trinta do século passado. De 1930 a 1940, Nova Iguaçu foi chamada de “cidade perfume”, pois as laranjeiras em floração perfumavam todo o roteiro das ferrovias. Com a Grande Guerra, as exportações foram interrompidas e os laranjais cederam lugar às atividades industriais. O território de Nova Iguaçu foi sucessivamente desmembrado para formação de novos municípios – casos de Duque de Caxias (que englobava São João de Meriti), em 1943; de Nilópolis, em 1947; Japeri, Belford Roxo e Queimados, nas décadas de 1980 e 1990, e Mesquita, em 2000.
Nova Iguaçu está integrado ao sistema viário e ferroviário da capital do estado, dada sua vizinhança à cidade do Rio de Janeiro. Um arco rodoviário da Região Metropolitana (BR-493, RJ-109 e RJ-099) fará a ligação do porto de Sepetiba, em Itaguaí, à BR-101, em Itaboraí. Passa por Seropédica e requer a construção de trecho entre Queimados, Nova Iguaçu e Duque de Caxias. Lá ele cruza com a BR-040, juntando-se à BR-116 em Magé, e segue para Guapimirim, chegando a Itaboraí no trevo de Manilha.
Segundo o Censo 2010, o município possuía 276.075 domicílios, dos quais 2% eram de uso ocasional. Nova Iguaçu possui sete agências de correios, 41 agências bancárias e 17 estabelecimentos hoteleiros. Quanto aos equipamentos culturais, o município dispõe de três cinemas e dois teatros, um museu e cinco bibliotecas públicas.
Fonte das informações: Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Estudos Socioeconômicos dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro 2013 - Nova Iguaçu. Disponível no sítio do TCE-RJ.
Mortalidade infantil | Taxa | Tendência | |
---|---|---|---|
Mortalidade infantil | 14.35 | ||
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Neonatal precoce | 6.96 | ||
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Neonatal tardia | 2.35 | ||
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Pós neonatal | 5.05 | ||
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Mais informações: Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Estudos Socioeconômicos dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro 2016 - Queimados
A história do município de Queimados confunde-se com a de Nova Iguaçu, uma vez que suas terras fizeram parte deste último desde os primórdios da colonização. Primitivamente, pertencia à freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Marapicu, onde foi doada uma sesmaria a Garcia Aires em 1592. Logo em seguida, outra é doada a Baltazar da Costa e, mais tarde, em 1615, uma outra é cedida a Lourenço São Paio. Quatro anos após, outra também é concedida a Manoel Corrêa e Antônio Francisco Alvarenga, período em que os primeiros colonos são estabelecidos na região.
Em 1833, a povoação de Iguaçu foi elevada à categoria de vila, compreendendo territórios das freguesias de São João de Meriti e Nossa Senhora do Pilar. Situada à margem direita do rio Iguaçu, a sede da vila prosperou de forma notável, chegando a ser considerada como um dos mais importantes empórios da cidade do Rio de Janeiro, pois servia-a pela baía de Guanabara, transportando seus produtos por via fluvial ou terrestre. Somente pela metade do século XIX começou seu período de decadência. A construção das estradas de ferro, paradoxalmente, provocou o surgimento de povoações, vilas e cidades às suas margens, enquanto localidades antiquíssimas desapareciam rapidamente. Queimados era, na época, o ponto final da ferrovia que ligava o Rio de Janeiro a São Paulo.
Conta a tradição popular que o nome surgiu num improviso de dom Pedro II que, chegando à cidade, então um pequeno povoado, perguntou a sua comitiva o nome daquele lugar. Como ninguém soubesse informar, o imperador olhou ao redor, procurando algo de referencial para que pudesse batizar aquela localidade, quando se deparou com uma "queimada" feita nas imediações. Não teve dúvidas e batizou o lugarejo com o nome que perdura até a atualidade. Outros dizem que o local serviu de refúgio a escravos e a exílio de leprosos, sendo os corpos deles queimados como exemplo de punição e destes como forma de controle da doença.
Queimados está integrado ao sistema viário e ferroviário da capital do estado, dada sua proximidade à cidade do Rio de Janeiro, sendo a Via Dutra seu principal acesso, enquanto a RJ-093, que também sai da mesma BR-116, passa pelo território municipal em direção à localidade de Engenheiro Pedreira, em Japeri.
Segundo o Censo 2010, o município possuía 46.022 domicílios, dos quais 1% era de uso ocasional. Queimados possui uma agência de correios, sete agências bancárias e um estabelecimento hoteleiro. Quanto aos equipamentos culturais, o município não tem cinema, mas dispõe de um teatro, um museu e duas bibliotecas públicas.
Fonte das informações: Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Estudos Socioeconômicos dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro 2013 - Queimados. Disponível no sítio do TCE-RJ.
Mortalidade infantil | Taxa | Tendência | |
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Mortalidade infantil | 18.93 | ||
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Neonatal precoce | 7.99 | ||
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Neonatal tardia | 2.94 | ||
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Pós neonatal | 7.99 | ||
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A cidade é mencionada oficialmente pela primeira vez quando a segunda expedição exploratória portuguesa, comandada por Gaspar Lemos, chegou em janeiro de 1502, à baía, que o navegador supôs, compreensivelmente, ser a foz de um rio, por conseguinte, dando o nome à região do Rio de Janeiro. Porém só em 1530 a corte portuguesa mandou uma expedição para colonizar a área, em vez de continuar usando-a simplesmente como uma parada em suas aventuras marítimas. Os franceses, por outro lado, tinham estado no Rio de Janeiro e arredores desde o começo do século e estavam dispostos a lutar pelo domínio da região. Em 1560, depois de uma série de escaramuças, os portugueses expulsaram os franceses.
O começo da cidade como tal foi no Morro de São Januário, mais tarde conhecido como Morro do Castelo, e depois na Praça Quinze até hoje centro vital do Rio. O Rio de Janeiro desenvolveu-se graças à sua vocação natural como porto. Na mesma época em que ouro foi descoberto no Estado de Minas Gerais, no final do século XVII, o Governador do Brasil foi feito Vice-rei. Salvador era capital da colônia, mas a importância crescente do porto do Rio garantiu a transferência da sede do poder para o sul, para a cidade que se tornaria, e ainda é, o centro intelectual e cultural do país. Em 1808 a família real portuguesa veio para o Rio de Janeiro, refúgio escolhido diante da ameaça de invasão napoleônica. Quando a família real voltou para Portugal e a independência do Brasil foi declarada em 1822, as minas de ouro já haviam sido exauridas e dado lugar a uma outra riqueza: o café.
O crescimento continuou durante quase todo o século XIX, inicialmente na direção norte, para São Cristóvão e Tijuca, e depois na direção da zona sul, passando pela Glória, pelo Flamengo e por Botafogo. No entanto, em 1889, a abolição da escravatura e colheitas escassas interromperam o progresso. Esse período de agitação social e política levou à Proclamação da República. O Rio, então chamado Distrito Federal, continuou sendo o centro político e a capital do país. No começo do século XX surgiram as ruas largas e construções imponentes, a maioria no estilo francês fin-de-siècle. O Rio de Janeiro manteve sua posição até a inauguração de Brasília como capital da república em 1960. Capital do Estado do Rio de Janeiro, a cidade continua sendo o centro social e cultural do país. A pessoa natural do Rio de Janeiro, coisas ou fatos a ela relacionados são chamados de carioca, palavra de origem tupi (kari´oka, casa de branco, de kara´i-branco e oka-casa).
Fonte das informações: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE.
Mortalidade infantil | Taxa | Tendência | |
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Mortalidade infantil | 12.70 | ||
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Neonatal precoce | 6.10 | ||
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Neonatal tardia | 2.27 | ||
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Pós neonatal | 4.32 | ||
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Mais informações: Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Estudos Socioeconômicos dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro 2016 - São João de Meriti
São João de Meriti tem sua história intimamente ligada à do Rio de Janeiro. O povoamento da planície, que se estende do rio Meriti ao Estrela (ou Inhomirim) e da baía à orla das serras, foi contemporâneo da época em que se fundou aquela cidade. Inicialmente conhecida como São João de Trairaponga, a região foi sesmaria de Brás Cubas, medindo 9.000 braças de fundo, pelo rio Meriti. De 1566 em diante, foram-se fixando os primeiros colonos nas terras do atual município de Duque de Caxias, localizando-se de preferência no vale dos rios Meriti, Sarapuí, Iguaçu e Estrela, ou na orla praiana, dando início à exploração de seu solo e de suas riquezas naturais.
Em 1637, foi criada a freguesia de Nossa Senhora do Pilar (atual Duque de Caxias). Alguns anos depois, foi fundada uma povoação denominada São João Batista de Trairaponga, alterada, em 1747, para São João Batista de Meriti. Em 1833, a povoação de Iguaçu (atual Nova Iguaçu) foi elevada à categoria de vila, compreendendo territórios das freguesias de São João de Meriti e Nossa Senhora do Pilar.
Em 1886, foi inaugurado o trecho ferroviário da The Rio de Janeiro Northern Railway, ligando a cidade do Rio de Janeiro à estação de Meriti, situada em terras da então freguesia de São João de Meriti, onde, mais tarde, surgiria a povoação originária da sede do atual município de Duque de Caxias. A freguesia de São João Batista de Meriti foi sendo abandonada em detrimento da importância que assumia Meriti. É importante frisar que a povoação de São João Batista de Meriti e a estação de Meriti são localidades distintas. A primeira resultou na atual sede do município de São João de Meriti, enquanto a segunda, na sede de Caxias.
Em 1898, a Empresa de Melhoramentos do Brasil estendeu os trilhos da Linha Auxiliar pelo território do estado, atravessando a povoação de São João Batista de Meriti, o que veio trazer novas possibilidades de progresso para a localidade. Outro fator, que mais tarde muito contribuiu para o soerguimento da região, foram as obras de saneamento da Baixada Fluminense iniciadas por Nilo Peçanha. A partir dessa nova conjuntura desenvolveu-se o processo de loteamento das antigas fazendas meritienses, origem de bairros e distritos do município. Posteriormente, com a abertura da estrada Rio-Petrópolis, ainda mais próspera tornou-se São João Batista de Meriti e adjacências.
Segundo o Censo 2010, o município possuía 157.505 domicílios, dos quais 1% era de uso ocasional. São João de Meriti possui sete agências de correios, 22 agências bancárias e 18 estabelecimentos hoteleiros. Quanto aos equipamentos culturais, o município dispõe de sete cinemas e três teatros, um museu e cinco bibliotecas públicas.
Fonte das informações: Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Estudos Socioeconômicos dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro 2013 - São João de Meriti. Disponível no sítio do TCE-RJ.
Mortalidade infantil | Taxa | Tendência | |
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Mortalidade infantil | 13.99 | ||
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Neonatal precoce | 6.19 | ||
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Neonatal tardia | 2.80 | ||
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Pós neonatal | 5.01 | ||
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Mais informações: Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Estudos Socioeconômicos dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro 2016 - Seropédica
O início do desbravamento do atual território do município de Seropédica data de meados do século XVII, quando os jesuítas lançaram as bases da futura povoação para catequizar os índios da região em terras compreendidas entre os rios Tinguaçu e Itaguaí. Posteriormente, missionários da Companhia de Jesus vieram morar na fazenda Santa Cruz, que por sua localização facilitava o acesso à aldeia, onde erigiram um templo dedicado a São Francisco Xavier, inaugurado em 1729. No ano de 1759, os jesuítas foram expulsos, o que causou grande decadência a toda a região. Seropédica, segundo alguns estudiosos, deriva da sericultura, atividade da criação do bicho-da-seda. No ano de 1875, ainda época imperial, criou-se a primeira organização serícola do país, a Imperial Companhia Seropédica Fluminense.
Dotada de terras férteis, a região desfrutou, até a década de 1880, de fortes atividades rurais e comerciais, exportando em grande escala cereais, café, farinha, açúcar e aguardente. Com a abolição da escravatura, houve considerável êxodo dos antigos escravos, ocasionando forte crise econômica. Esse fato, aliado à falta de transporte e à insalubridade da região, fez com que desaparecessem as grandes plantações, periódicas ou permanentes. O abandono das terras provocou a obstrução dos rios que cortam quase toda a baixada do território municipal, alagando-a. Daí se originou o grassamento da malária, que reduziu a população local e paralisou por várias décadas o desenvolvimento econômico da região.
A passagem da antiga rodovia Rio-São Paulo pelo território do antigo distrito de Seropédica e a instalação de indústria têxtil no antigo distrito de Paracambi, aliadas às obras de saneamento da Baixada Fluminense, possibilitaram ao município readquirir sua antiga posição de prestígio.
Em 1938, foram iniciadas, em Seropédica, as obras do Centro Nacional de Estudos e Pesquisas Agronômicas, onde hoje funciona a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – UFRRJ. Em 1945, todos os funcionários do Horto Florestal de Seropédica ali moravam com suas famílias. Em 1948, a UFRRJ transferiu seu campus para as margens da antiga rodovia Rio-São Paulo, hoje BR-465, iniciando-se o desenvolvimento urbano de Seropédica no local do antigo horto.
A região permaneceu sem expressão até três décadas atrás, tendo em vista as dificuldades de acesso, pois só era servido por uma linha férrea, com pouca movimentação de trens. A abertura da rodovia Rio-Santos mudou o cenário, facilitando o deslocamento entre diversos municípios próximos. Atualmente, Seropédica tornou-se um pólo de atração para empresas que desejam operar na retroárea do porto de Itaguaí. A UFRRJ, a Pesagro e a Embrapa também exercem forte influência na economia local.
A rodovia Presidente Dutra atravessa o município de leste a oeste, alcançando, respectivamente, Queimados e Paracambi. O município também é atendido pela BR-465, antigo traçado da Rio-São Paulo, alcançando a BR-116, rodovia Presidente Dutra, ao norte, e Nova Iguaçu, a leste, chegando à Avenida Brasil na altura do bairro carioca de Campo Grande. A RJ-109 o liga a Itaguaí, ao sul, e a RJ-125 acessa Japeri, ao norte. O município é, ainda, atravessado de norte a sul pelo ramal ferroviário Japeri-Mangaratiba. Um arco rodoviário da Região Metropolitana (BR-493, RJ-109 e RJ-099) fará a ligação do porto de Sepetiba, em Itaguaí, à BR-101, em Itaboraí. Passa por Seropédica e requer a construção de trecho entre Queimados, Nova Iguaçu e Duque de Caxias. Lá ele cruza com a BR-040, juntando-se à BR-116 em Magé, e segue para Guapimirim, chegando a Itaboraí no trevo de Manilha.
Fonte das informações: Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Estudos Socioeconômicos dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro 2013 - Seropédica. Disponível no sítio do TCE-RJ.
Mortalidade infantil | N | Tendência | |
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Mortalidade infantil | 8 | ||
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Neonatal precoce | 5 | ||
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Neonatal tardia | 0 | ||
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Pós neonatal | 3 | ||
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A região Metropolitana I corresponde a 8% da área total do Estado do Rio de Janeiro e comporta cerca de 61% de sua população, com altíssimas densidades demográficas, constituindo-se em espaço de pressão social em virtude de um crescimento econômico nem sempre acompanhado pelo atendimento das necessidades básicas da população. A distribuição desigual dos serviços e equipamentos urbanos, a crescente demanda por habitações, acompanhada do aumento de submoradias e da expansão de favelas, a intensa degradação ambiental e o esgotamento dos recursos naturais, a marginalidade, o desemprego e a exclusão social são características deste processo. As taxas de analfabetismo, por sexo e por situação, são semelhantes à média estadual, já que a excessiva polarização do município do Rio de Janeiro, com mais de 40% da população total do Estado, é uma característica marcante da região.
Municípios como Magé e Duque de Caxias apresentam grande deficiência dos serviços de abastecimento de água pela rede geral, quadro que se agrava quando analisamos a questão do esgotamento sanitário. Mais de 25% da população de Japeri lançam o esgoto doméstico diretamente em valas, por exemplo, e neste mesmo município mais de 30% da população não têm seu lixo coletado pelos serviços de limpeza.
Considerando as altas densidades demográficas (tanto brutas quanto líquidas) e os expressivos percentuais de área efetivamente urbanizada presentes na Metropolitana I, o crescimento populacional excessivo acarretaria problemas ainda mais sérios que aqueles atualmente observados em diversos municípios da região. As taxas migratórias e de crescimento são, no entanto, relativamente baixas, com exceção de Itaguaí (por conta do COMPERJ), sugerindo a saturação da região e a busca de alternativas de residência mais afastadas dos grandes centros urbanos. Foram observadas inclusive taxas migratórias negativas, ainda que baixas, em alguns municípios.
Os índices de envelhecimento são inferiores ou equivalentes à média estadual para a maior parte dos municípios, com exceção da capital do Estado com mais de 53%. O mesmo é válido para as proporções de idosos. A pirâmide etária regional revela no estreitamento de sua base a tendência de crescimento da população idosa e redução da fecundidade, porém é a forte influência da população residente na capital que mascara a estrutura relativamente jovem da maioria dos municípios da Metropolitana I.
A razão de sexos total da região Metropolitana I fica abaixo de 90, enquanto para os idosos chega a 66, abaixo da média estadual de 70 homens para cada 100 mulheres. Somente Itaguaí, Japeri e Seropédica apresentaram razões de sexo acima de 95, o que sugere algum desequilíbrio nas proporções de homens e mulheres, possivelmente relacionado à sobremortalidade masculina por conta da violência urbana.
As taxas de fecundidade são elevadas em comparação com o Estado, para a maior parte dos municípios. Ainda assim, nenhum município chega a alcançar o nível de reposição demográfico de 2.1 filhos por mulher. O percentual de cesáreas na região ainda é relativamente baixo, mas acompanha a tendência de crescimento do Estado. O percentual de partos cesáreos entre mães adolescentes varia de 32% a 47%, enquanto o de mães adultas fica entre 58% e 70% do total de partos.
O percentual de nascidos vivos de baixo peso não se destaca da média estadual em nenhum dos municípios da Metropolitana I, e também não apresenta diferença significativa entre mães adolescentes e adultas. Já o percentual de consultas de pré-natal indica que as mães adolescentes sistematicamente realizam menos consultas, em todos os municípios da região, em especial Belford Roxo e Japeri. Nestes municípios, 20% das mães adolescentes realizaram menos de quatro consultas de pré-natal, e menos de 30% tiveram sete consultas ou mais. Belford Roxo e Japeri foram também os municípios com maior percentual de mães adultas com menos de quatro consultas, respectivamente 15.5% e 13.4%, e com menor percentual de sete consultas ou mais - respectivamente, 46% e 41%.
Internações - complexidade | Média | Alta | Total | |
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Percentual de internação | 93.72 | 6.28 | 100.00 | |
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Taxa de internação | 3.12 | 0.21 | 3.33 | |
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Tempo médio de internação | 9.16 | 9.87 | 9.21 | |
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Custo médio de internação (R$) | 870 | 4.602 | 1.105 | |
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Taxa de mortalidade | 6.42 | 4.79 | 6.31 | |
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