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Mais informações: Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Estudos Socioeconômicos dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro 2016 - Aperibé
A origem do município de Aperibé – que em tupi-guarani quer dizer "pito aceso" ou “cachimbo” – remonta ao século XVIII, quando frades capuchinhos empenharam-se em catequizar os índios puris, sendo alvo de inúmeros ataques. Somente no século XIX veio a ser dado novo impulso às obras missionárias, o que proporcionou a construção de uma capela, consagrada a Santo Antônio de Pádua, nas proximidades do rio Pomba, em torno da qual se reuniram famílias indígenas pacíficas. O desenvolvimento da região levou o governo, em 1843, a criar a freguesia de Santo Antônio de Pádua, sob a jurisdição de São Fidélis. A freguesia progrediu rapidamente, sobretudo no setor agrícola, emancipando-se de São Fidélis em 1882 e sendo elevada à categoria de vila.
Os fazendeiros dessa rica região, percebendo que a produção das lavouras crescia paralelamente à densidade de sua população, associaram-se e deram início à construção de um ramal férreo para levar seus produtos ao maior e mais próximo empório comercial daquela época, a cidade de São Fidélis. Em 1876, iniciaram-se os estudos do traçado da ferrovia. A extensão da linha férrea era de 92,5 quilômetros, com a bitola de um metro, tendo seu início na estação de Luca, à margem esquerda do rio Paraíba do Sul, em São Fidélis. Terminava em uma localidade onde havia uma chave para desvio dos trens, conhecida como “chave do Faria”, que se tornou ponto de comércio. As facilidades trazidas pela ferrovia atraíam pessoas para a vila que se formou. A iniciativa política de se prestar uma justa homenagem aos donos originais das terras fez com que, em 2 de julho de 1890, o governador Francisco Portela elevasse a distrito policial o povoado de Santo Antônio do Retiro, que mais tarde passou a ser denominado Aperibé.
Posteriormente, em outra realidade econômica, as rodovias cumpririam o papel antes desempenhado pela estrada de ferro, surgindo novos núcleos como Marangatu, Ibitiguaçu e Monte Alegre. O município é servido pela estrada estadual RJ-116 – Itaboraí-Itaperuna, que segue para Santo Antônio de Pádua, a noroeste, e chega a Itaocara, a sudeste. Importante eixo rodoviário do interior do estado, essa rodovia sai de Itaboraí e segue por Cachoeiras de Macacu, Nova Friburgo, Bom Jardim, Duas Barras, Cordeiro, Macuco, São Sebastião do Alto, Itaocara, Aperibé, Santo Antônio de Pádua, Miracema, Laje do Muriaé e conecta com a BR-356 a noroeste de Itaperuna, na localidade de Comendador Venâncio. O transporte ferroviário atende o município através de ramal que parte de Campos, passa por São Fidélis e Cambuci, em direção a Recreio, em Minas Gerais.
Segundo o Censo 2010, o município possuía 3.764 domicílios, dos quais 2% eram de uso ocasional. Aperibé possui três agências de correios, duas agências bancárias e um estabelecimento hoteleiro. Quanto aos equipamentos culturais, o município não tem cinema e teatro, mas dispõe de um museu e de uma biblioteca pública.
Fonte das informações: Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Estudos Socioeconômicos dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro 2013 - Aperibé. Disponível no sítio do TCE-RJ.
Mortalidade infantil | N | Tendência | |
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Mortalidade infantil | 1 | ||
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Neonatal precoce | 0 | ||
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Pós neonatal | 1 | ||
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Mais informações: Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Estudos Socioeconômicos dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro 2016 - Bom Jesus do Itabapoana
Diz a tradição deste município que, por volta de 1842, chegou às terras onde hoje se acha localizada a cidade de Bom Jesus do Itabapoana, em busca de terrenos virgens adaptáveis aos tratos agrícolas, o mineiro Antônio José da Silva Nenem. Ele procedia de Bom Jesus da Vista Alegre, lugarejo de Minas Gerais, de onde trouxe, em sua companhia, a esposa, dois filhos e alguns empregados, desde logo se dedicando ao desbravamento do local, construindo moradia e fazendo plantações. Campo Alegre foi o primeiro nome dado à povoação nascente, em homenagem a Vista Alegre que, para trás, o pioneiro deixara. Mais tarde, como pelas proximidades passasse o rio Itabapoana, foi mudado para Bom Jesus do Itabapoana, em recordação ao mesmo lugarejo de Minas, Bom Jesus da Vista Alegre, terra natal de Antônio José da Silva Nenem.
Com o decorrer dos anos, fortes correntes populacionais foram atraídas pela perspectiva de explorar terras férteis, fazendo com que o governo criasse, em 1862, a freguesia de Bom Jesus do Itabapoana nos limites de Campos, que, posteriormente, passou à jurisdição de Itaperuna. Pelo Decreto nº 150, de 24 de novembro de 1890, o município alcança sua emancipação, que pouco durou devido a sua extinção pelo Decreto nº 1, de 8 de maio de 1892.
Em virtude do seu desenvolvimento, Bom Jesus do Itabapoana tornou-se ponta de trilho do ramal da estrada de ferro Leopoldina e centralizou a produção de grande zona cafeeira, cuja área de abrangência se estendia por vasta faixa capixaba. Além disso, o próprio rio Itabapoana propiciava certa independência econômica local em relação à sede Itaperuna, fator relevante para que a autonomia fosse restabelecida pelo Decreto nº 633, de 14 de dezembro de 1938, e definitivamente instalado em 1º de janeiro de 1939.
O sítio urbano ocupa o vale do rio Itabapoana, ao longo da margem direita, com topografia relativamente movimentada. Com a erradicação do café e o deslocamento da população rural para o núcleo, o processo de urbanização se acelerou e a área ocupada ultrapassou os limites do perímetro urbano legal, tanto em função da pressão demográfica como em decorrência da falta de controle urbanístico adequado.
A proximidade da sede municipal com a cidade de Bom Jesus do Norte, no estado do Espírito Santo, caracteriza processo de conurbação. Na realidade, a cidade capixaba comporta-se como bairro de Bom Jesus do Itabapoana, função consolidada pela dependência socioeconômica de sua população em relação ao núcleo principal fluminense.
A rodovia RJ-230 atravessa todo o território municipal, no sentido sudestenoroeste, alcançando Campos e Varre-Sai. O município também é servido pela RJ-186, que acessa Itaperuna, ao sul, rodovia esta que alcança a BR-356, pela qual se chega a Campos dos Goytacazes ou Minas Gerais. O sistema rodoviário é complementado pela BR-484, que alcança o Espírito Santo, lá passando por Bom Jesus do Norte, São José do Calçado e Guaçuí, onde encontra a BR-482. A RJ-210, em leito natural, é opção de acesso direto à sede de Itaperuna a oeste.
Segundo o Censo 2010, o município possuía 14.256 domicílios, dos quais 5% eram de uso ocasional. Bom Jesus do Itabapoana possui nove agências de correios, quatro agências bancárias e cinco estabelecimentos hoteleiros. Quanto aos equipamentos culturais, o município não tem museu e teatro, mas dispõe de um cinema e duas bibliotecas públicas.
Fonte das informações: Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Estudos Socioeconômicos dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro 2013 - Bom Jesus do Itabapoana. Disponível no sítio do TCE-RJ.
Mortalidade infantil | N | Tendência | |
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Mortalidade infantil | 7 | ||
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Neonatal precoce | 4 | ||
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Neonatal tardia | 1 | ||
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Pós neonatal | 2 | ||
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Mais informações: Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Estudos Socioeconômicos dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro 2016 - Cambuci
Ocupado inicialmente pelos índios puris, Cambuci teve suas terras devassadas em princípios do século XIX, aproximadamente no ano de 1810. Seu território originou-se a partir da concessão de uma sesmaria à família Almeida Pereira, que abrangia toda a zona conhecida ainda hoje por seu nome primitivo de São Lourenço, situada no atual distrito de São João do Paraíso. Outras duas localidades foram devassadas logo após a concessão da citada sesmaria, as quais receberam as denominações de São José de Ubá e Bom Jesus do Monte Verde.
Cambuci esteve vinculado à expansão cafeeira e à construção de antiga ferrovia serrana, a estrada de ferro Santo Antônio de Pádua. Junto à estação ferroviária foi erguida uma construção para beneficiar a produção cafeeira das áreas vizinhas, cujas instalações constituíram o núcleo inicial do município. Em 1861, foi elevado à categoria de freguesia.
Em virtude do desenvolvimento da área, foi emancipada pelo Decreto nº 222, de 6 de maio de 1891, com a criação do município de Monte Verde, tendo por sede a povoação de mesmo nome, com território desmembrado dos municípios de São Fidélis e Itaperuna, do qual Cambuci era distrito. Sua instalação deu-se em 13 de abril de 1893. Em 1929, a vila de Cambuci recebeu foros de cidade, constituindo-se em sede do município.
A sede municipal ocupa um sítio caracterizado por elevações e áreas planas, apresentando um traçado linear definido pela marginal do rio Paraíba do Sul. No sentido noroeste, a malha urbana penetra em direção ao interior.
A decadência do café como produto básico da economia regional levou à estagnação relativa da sede municipal, criando um vazio econômico crítico, e cada área do município passou a se relacionar com as sedes municipais vizinhas, deixando a cidade de Cambuci à margem do processo de integração. No entanto, a implantação de pequenas indústrias foi responsável pelo surgimento de expansão urbana em direção ao valão do D'Anta.
O município é servido por estradas estaduais e atendido por transporte ferroviário. A única estrada asfaltada é a RJ-158, que alcança Itaocara, ao sul, e São Fidélis, a leste. Constam, ainda, a malha rodoviária em terra das RJ-194, RJ-198, RJ-200, RJ-202 e RJ-222.
Segundo o Censo 2010, o município possuía 6.493 domicílios, dos quais 7% eram de uso ocasional. Cambuci possui seis agências de correios, três agências bancárias e um estabelecimento hoteleiro. Quanto aos equipamentos culturais, o município não dispõe de cinema e teatro, nem museu, mas tem uma biblioteca pública.
Fonte das informações: Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Estudos Socioeconômicos dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro 2013 - Cambuci. Disponível no sítio do TCE-RJ.
Mortalidade infantil | N | Tendência | |
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Mortalidade infantil | 2 | ||
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Neonatal precoce | 1 | ||
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Neonatal tardia | 0 | ||
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Pós neonatal | 1 | ||
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Mais informações: Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Estudos Socioeconômicos dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro 2016 - Cardoso Moreira
A origem do município de Cardoso Moreira encontra-se ligada à de Campos dos Goytacazes, município ao qual pertencia até recentemente como sede distrital. Por volta do ano de 1672, dois freis franciscanos de nomes Paulo e Jacques fundaram um agrupamento indígena com o objetivo de catequizar os puris, remanescentes dos goitacases. Essa iniciativa não logrou êxito, tendo em vista uma epidemia de febre que alcançou o aldeamento e dizimou praticamente todos os seus habitantes.
Posteriormente, Cardoso Moreira pertenceria à freguesia de Santo Antônio de Guarulhos, criada por meio de alvará de 3 de janeiro de 1759, com território compreendido entre os vales dos rios Muriaé e Itabapoana. Um de seus primeiros exploradores foi o frei Antônio de São Roque, padre franciscano a quem foi concedida uma sesmaria, em 20 de março de 1754. Mais tarde, foi concedida outra sesmaria, dessa vez a Domingos Fernandes da Cunha, a fim de que fosse explorada e colonizada a região. A ocupação mostrou-se lenta, sendo seus primeiros habitantes criadores de gado. Posteriormente, a região progrediu com a cultura da cana-de-açúcar, que se expandiu pelos aluviões entre o rio Paraíba do Sul e a lagoa Feia.
Em fins de 1700, registram-se mais de 20 engenhos produzindo açúcar e aguardente na região de Cachoeiras do Muriaé, onde está hoje Cardoso Moreira. Estes fazendeiros precisavam de um meio de escoar sua produção. Deste modo se organizaram para a construção de um ramal da estrada de ferro até Carangola, no estado de Minas Gerais. Com o advento da conclusão da 1ª seção da estrada de ferro, o distrito, que inicialmente se chamava Taquaraçu, e depois Porto do Braga, passou a se chamar Cardoso Moreira em homenagem ao comendador José Cardoso Moreira, um dos fundadores da ferrovia.
Uma das peculiaridades da cultura canavieira na planície campista era a existência, ao lado dos latifúndios, de grande número de pequenas propriedades. Esse fato talvez possa explicar a relativa rapidez com que se recuperou a agricultura do município após a Lei Áurea. A grande riqueza da região no século XIX pode ser creditada à expansão da produção açucareira, inicialmente apoiada nos engenhos a vapor, mais tarde substituídos por usinas de açúcar. Várias dessas antigas usinas foram absorvidas pelas maiores, concentrando-se a produção em menor número de estabelecimentos.
O principal acesso a Cardoso Moreira e Italva é pela BR-356, que liga as cidades a Campos e a Minas Gerais. A rodovia RJ-204 – São Fidélis-São Francisco de Itabapoana, de acordo com o mapa do DER-RJ de 2006, começa em leito natural em São Fidélis, até cruzar com a BR-356, próximo a Cardoso Moreira. Há um trecho asfaltado, após cruzar o rio Muriaé, que vai até a localidade de Vila Nova de Campos e daí segue implantada até Morro do Coco, na BR-101, ao norte do município de Campos. Segue asfaltada até a divisa de São Francisco de Itabapoana e daí até a praça João Pessoa, em leito natural, onde conecta a RJ-224 para alcançar Barra de Itabapoana.
Segundo o Censo 2010, o município possuía 5.790 domicílios, dos quais 7% eram de uso ocasional. Cardoso Moreira possui quatro agências de correios, duas agências bancárias e nenhum estabelecimento hoteleiro. Quanto aos equipamentos culturais, o município não tem cinema e teatro, nem museu, mas dispõe de uma biblioteca pública.
Fonte das informações: Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Estudos Socioeconômicos dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro 2013 - Cardoso Moreira. Disponível no sítio do TCE-RJ.
Mortalidade infantil | N | Tendência | |
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Mortalidade infantil | 2 | ||
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Neonatal precoce | 1 | ||
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Neonatal tardia | 0 | ||
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Pós neonatal | 1 | ||
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Mais informações: Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Estudos Socioeconômicos dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro 2016 - Italva
A origem de Italva encontra-se ligada à de Campos, município ao qual pertencia até recentemente como sede distrital. Inicialmente conhecida como Santo Antônio das Cachoeiras e posteriormente Monção, Italva fazia parte da capitania de São Tomé, concedida ao fidalgo luso Pero de Góis.
Durante o século XVIII, a região serviu basicamente como aldeamento de indígenas, tendo ocorrido vários conflitos com os primeiros colonos. Em meados do século XIX, fazendeiros latifundiários se estabeleceram na região, desenvolvendo a lavoura cafeeira. Devido à grande extensão de suas propriedades, moravam a enormes distâncias uns dos outros, não havendo, por volta de 1850, qualquer indício de vilas ou aglomeração de moradores. Elevada à categoria de freguesia em 1873, pertenciam a Italva todos seus limites atuais e, ainda, a área compreendida por Boa Ventura e Córrego da Chica, transferida mais tarde a São José do Avahi (Itaperuna).
Para chegar a essa região, o percurso era facilitado pela possibilidade de se navegar em boas condições pelo rio Muriaé, em vez de enfrentar caminhos rudimentares e trilhas em densas matas. Mas, ao atingir Cardoso Moreira, não havia outro meio de se chegar à terra do mármore que não a pé, em virtude das fortes corredeiras e cachoeiras. Esses aspectos encontrados pelos pioneiros desbravadores deram origem ao primeiro nome que Italva recebeu ao se tornar freguesia: Santo Antônio das Cachoeiras.
A grande riqueza de Campos dos Goytacazes, no século XIX, pode ser creditada à expansão da produção açucareira, inicialmente apoiada nos engenhos a vapor, mais tarde substituídos por usinas de açúcar. Mas a pecuária sempre manteve papel importante na economia da região, e o café foi responsável pela prosperidade dos antigos distritos de Cardoso Moreira e Italva, onde hoje predomina o gado leiteiro.
O principal acesso a Italva é pela BR-356, que liga a cidade a Cardoso Moreira e Campos, a sudeste, e a Itaperuna, a noroeste. Segundo o Censo 2010, o município possuía 6.075 domicílios, dos quais 3% eram de uso ocasional. Italva possui três agências de correios, duas agências bancárias e dois estabelecimentos hoteleiros. Quanto aos equipamentos culturais, o município não dispõe de cinema e teatro, nem museu, mas tem uma biblioteca pública.
Fonte das informações: Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Estudos Socioeconômicos dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro 2013 - Italva. Disponível no sítio do TCE-RJ.
Mortalidade infantil | N | Tendência | |
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Mortalidade infantil | 0 | ||
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Neonatal precoce | 0 | ||
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Neonatal tardia | 0 | ||
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Pós neonatal | 0 | ||
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Mais informações: Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Estudos Socioeconômicos dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro 2016 - Itaocara
Como marco inicial da colonização de Itaocara, temos a fundação, em 1809, pelos padres capuchinhos, da aldeia de São José de Dom Marcos, conhecida como Aldeia da Pedra em referência ao penhasco que a ela ficava fronteiro, na margem oposta do rio Paraíba do Sul. Devido à luta entre os índios coroados e puris, os religiosos sentiram necessidade de criar uma nova aldeia que, acolhendo uma das tribos, separasse os litigantes. Porém, o aldeamento criado pelo esforço pacifista dos missionários para separar os índios veio a se tornar justamente o ponto de aldeamento das duas tribos, unidas pelo batismo. O topônimo Itaocara, é um vocábulo tupi formado dos termos: ita, que quer dizer "pedra" e ocara, "aldeia, praça, terreiro". Ou seja, "Aldeia da Pedra"
Posteriormente, vindos das regiões das Minas Gerais e de Campos dos Goytacazes, chegaram colonizadores juntamente com a mão-de-obra escrava. Em 1850, foi criada a freguesia de São José de Leonissa da Aldeia da Pedra, tendo sido anexada ao então recém-criado município de São Fidélis. Em 1885, com a implantação do ponto terminal da estrada de ferro Cantagalo, a aldeia de Itaocara passou a constituir efetivamente um núcleo urbano.
O surto de desenvolvimento da freguesia fez com que, após a Proclamação da República, o então distrito de São José Leonissa fosse elevado à categoria de município, em 1890, sob a denominação Itaocara, com a edição do Decreto nº 140, de 28 de outubro daquele ano, e instalado em 1º de janeiro de 1891. Além do distrito-sede, o município de Itaocara compreende os distritos de Laranjais, Portela, Jaguarembé, Estrada Nova e Batatal.
O curso do Paraíba do Sul e o relevo condicionaram fortemente a ocupação do sítio urbano em áreas próximas ao rio e em vales por onde escoam pequenos córregos. A construção da RJ-116 e a ponte sobre o rio Paraíba levaram a localidade a desenvolver-se perpendicularmente à via férrea, desativada, que perdeu para a rodovia a função de principal indutor do crescimento urbano. A RJ-152 acessa Cantagalo, a sudoeste; a RJ-116 vem de São Sebastião do Alto, ao sul, para Aperibé, a noroeste; a RJ-192 alcança São Fidélis, a leste; e a RJ-158 segue para Cambuci, ao norte.
Importante eixo rodoviário do interior do estado, a RJ-116 sai de Itaboraí e segue por Cachoeiras de Macacu, Nova Friburgo, Bom Jardim, Duas Barras, Cordeiro, Macuco, São Sebastião do Alto, Itaocara, Aperibé, Santo Antônio de Pádua, Miracema, Laje do Muriaé e conecta com a BR-356 a noroeste de Itaperuna, na localidade de Comendador Venâncio. Já a RJ-158 – Sapucaia-Campos, também de grande importância para o interior do estado, sai de Sapucaia sobre o leito da BR-393 até a ponte sobre o rio Paraíba do Sul, em Além Paraíba - MG. De acordo com o mapa do DER-RJ de 2006, segue pavimentada costeando o rio até próximo a Porto Velho do Cunha, no município de Carmo. Dali segue projetada sobre Cantagalo até a localidade de Batatal, em Itaocara. A partir daí vai asfaltada até Campos.
Segundo o Censo 2010, o município possuía 10.054 domicílios, dos quais 6% eram de uso ocasional. Itaocara possui sete agências de correios, quatro agências bancárias 9 e quatro estabelecimentos hoteleiros. Quanto aos equipamentos culturais, o município não dispõe de cinema, mas tem um teatro e uma biblioteca pública. Não tem museu.
Fonte das informações: Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Estudos Socioeconômicos dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro 2013 - Itaocara. Disponível no sítio do TCE-RJ.
Mortalidade infantil | N | Tendência | |
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Mortalidade infantil | 5 | ||
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Neonatal precoce | 5 | ||
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Neonatal tardia | 0 | ||
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Pós neonatal | 0 | ||
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Mais informações: Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Estudos Socioeconômicos dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro 2016 - Itaperuna
Itaperuna fazia parte da capitania de São Tomé, posteriormente chamada de Paraíba do Sul, concedida ao fidalgo luso Pero de Góis por alvará de 10 de março de 1534. Durante dois séculos, a área conhecida como sertão da Pedra Lisa permaneceu inexplorada, até que alguns colonos se fixaram na parte leste do município, perto da barra do córrego São Domingos. Por volta de 1830, instalou-se na área o desbravador José Lannes Dantas Brandão (ou José de Lana Dantas Brandão), que fundou a fazenda Porto Alegre com iniciativas que passaram a atrair população para o núcleo pioneiro do futuro município. Essa cidade se chamou Porto Alegre até 1885, ano em que foi elevada à categoria de vila de Itaperuna, na freguesia de Natividade do Carangola, pelo Decreto nº 2.810.
A atividade econômica predominante foi a criação de gado, que se desenvolveu em fazendas de grandes extensões. Entretanto, a partir do final do século XIX, com o advento da economia cafeeira, a colonização se efetuou de forma rápida e uniforme, promovendo um desenvolvimento acelerado da região. Os trilhos da estrada de ferro Carangola chegaram, e a inauguração de seus serviços ocorreu em 25 de junho de 1883, com a presença de dom Pedro II.
Em 1887, o Decreto nº 2.921 cria a freguesia de São José do Avaí, tendo por sede o arraial de Porto Alegre, desaparecendo, portanto, essa designação. Igualmente desapareceu a designação de São José do Avaí em 6 de dezembro de 1889, em virtude do Decreto nº 2, passando a localidade a se chamar Itaperuna, elevando-se à categoria de cidade. Sua emancipação deu-se com a edição da Lei Provincial nº 2.810, de 24 de novembro de 1895.
O desenvolvimento da economia cafeeira foi responsável pela concentração de atividades comerciais e de serviços na cidade de Itaperuna, que passou a desempenhar funções de centro sub-regional do Norte Fluminense. O declínio da atividade cafeeira fez com que a região passasse a sofrer fortes efeitos regressivos. A pecuária de corte desenvolveu-se, então, voltada para o abastecimento dos grandes matadouros e frigoríficos, implantando-se posteriormente a produção leiteira, estimulada pela presença da fábrica de leite em pó Glória na sede municipal.
A área municipal, atualmente, não abrange a mesma base territorial da época da criação, que se estendia aos atuais municípios de Laje do Muriaé, Natividade e Porciúncula. Porém, sua importância permanece na região. A cidade teve o núcleo inicial em torno da linha da estrada de ferro, à margem esquerda do rio Muriaé. Hoje, ambos os lados do rio estão ocupados pela malha urbana.
A BR-356 é o principal elemento de ligação com a região e o estado, ao encontrarse com a BR-116 em Muriaé, Minas Gerais, e com a BR-101 em Campos, via Italva e Cardoso Moreira. Outras rodovias de acesso à cidade são a RJ-186, que vai para São José de Ubá, ao sul, e Bom Jesus do Itabapoana, a nordeste. A RJ-220 e a 214 sobem para Natividade e a RJ-116 chega ao distrito de Comendador Venâncio, vindo de Laje do Muriaé, a leste. Importante eixo rodoviário do interior do estado, a RJ-116, sai de Itaboraí e segue por Cachoeiras de Macacu, Nova Friburgo, Bom Jardim, Duas Barras, Cordeiro, Macuco, São Sebastião do Alto, Itaocara, Aperibé, Santo Antônio de Pádua, Miracema, Laje do Muriaé e conecta com a BR-356 a noroeste de Itaperuna, na localidade de Comendador Venâncio.
Segundo o Censo 2010, o município possuía 37.508 domicílios, dos quais 5% eram de uso ocasional. Itaperuna possui 10 agências de correios, 10 agências bancárias e 25 estabelecimentos hoteleiros. Quanto aos equipamentos culturais, o município dispõe de um cinema e um teatro, e de uma biblioteca pública. Não tem museu.
Fonte das informações: Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Estudos Socioeconômicos dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro 2013 - Itaperuna. Disponível no sítio do TCE-RJ.
Mortalidade infantil | Taxa | Tendência | |
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Mortalidade infantil | 2.59 | ||
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Neonatal precoce | 0.86 | ||
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Neonatal tardia | 0.00 | ||
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Pós neonatal | 1.73 | ||
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Mais informações: Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Estudos Socioeconômicos dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro 2016 - Laje do Muriaé
A evolução histórico-social de Laje do Muriaé está ligada à de Itaperuna. Inicialmente, a região fazia parte da capitania de São Tomé, posteriormente chamada de Paraíba do Sul, concedida ao fidalgo luso Pero de Góis por alvará de 10 de março de 1534. Durante dois séculos, a área conhecida como sertão da Pedra Lisa permaneceu inexplorada, até que alguns colonos começaram a se fixar perto da barra do córrego São Domingos.
A região de Itaperuna foi utilizada, antes do século XIX, apenas por bandeirantes e aventureiros que demandavam a baixada pelos afluentes da margem esquerda do rio Paraíba do Sul. Por volta de 1830, entretanto, instalou-se na área o desbravador José Lannes Dantas Brandão (ou José de Lana Dantas Brandão), com iniciativas que passaram a atrair população.
Em 1832, os Três Josés – José Ferreira Cezar, José Bastos Pinto e José Garcia Pereira – partiram em busca de ouro e pesca e encontraram uma laje que quase estrangulava o rio Muriaé. Pararam nessa laje, a fim de prepararem a primeira refeição do dia. Seguiram depois para o local em que José Ferreira Cezar pretendia fundar uma fazenda, Angola. Ao chegar no sítio indicado, para efetuarem a refeição segunda do dia, deram falta de um determinado utensílio. Procuraram, até que alguém se lembrou que a peça tinha ficado na laje. Esse acidente topográfico passou a dar o nome a toda região.
Algum tempo depois, José Ferreira Cezar abriu mão das terras do Angola, partindo para as nascentes do ribeirão do Campo, quando achou as barras de cinco córregos, local esse ideal para a fundação da sua fazenda, que passou a se chamar Cinco Barras. Por seu turno, José Garcia Pereira fundava a fazenda do Tanque, a qual recebia tal nome por ter ele feito barrar o ribeirão da Serra, dando origem a um açude. Em meados do século XIX, um parente seu instalou-se num rancho que veio a ser considerado como a primeira casa da futura localidade de Laje do Muriaé.
Em 1840, teve origem o estabelecimento do ciclo do café, que invadiu o Norte Fluminense descendo de Minas. Com o desenvolvimento da área, foi criada em 1861 a freguesia de Nossa Senhora da Piedade, politicamente anexada a São Fidélis de Sigmaringa até 1872, quando passou a pertencer a Santo Antônio de Pádua. Em 1887, a freguesia passou a fazer parte de Itaperuna, com a denominação de São José do Avaí, posteriormente Laje e Laje do Muriaé, até ganhar autonomia municipal pela Lei Estadual nº 5.045, de 7 de março de 1961. A instalação ocorreu em 31 de janeiro de 1963.
O núcleo urbano situa-se à margem direita do rio Muriaé, divisa natural do município com Itaperuna. Está delimitado pelo rio e uma sequência de morros que condicionaram a implantação da cidade em forma linear. A principal estrada que serve ao município é a RJ-116, que atravessa Laje do Muriaé de norte a sul, ligando-o à BR-356, ao norte, em Itaperuna, e a Miracema, ao sul. Importante eixo rodoviário do interior do estado, essa rodovia sai de Itaboraí e segue por Cachoeiras de Macacu, Nova Friburgo, Bom Jardim, Duas Barras, Cordeiro, Macuco, São Sebastião do Alto, Itaocara, Aperibé, Santo Antônio de Pádua, Miracema, Laje do Muriaé e conecta com a BR-356 a noroeste de Itaperuna, na localidade de Comendador Venâncio.
Segundo o Censo 2010, o município possuía 3.269 domicílios, dos quais 8% eram de uso ocasional. Laje do Muriaé possui uma agência de correios, duas agências bancárias e nenhum estabelecimento hoteleiro. Quanto aos equipamentos culturais, o município não dispõe de cinema e teatro, nem museu, mas tem uma biblioteca pública.
Fonte das informações: Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Estudos Socioeconômicos dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro 2013 - Laje do Muriaé. Disponível no sítio do TCE-RJ.
Mortalidade infantil | N | Tendência | |
---|---|---|---|
Mortalidade infantil | 2 | ||
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Neonatal precoce | 0 | ||
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Neonatal tardia | 2 | ||
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Pós neonatal | 0 | ||
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Mais informações: Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Estudos Socioeconômicos dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro 2016 - Miracema
A colonização do território de Miracema é atribuída aos esforços de D. Ermelinda Rodrigues Pereira, primeira proprietária das terras que constituem o distrito-sede do município. Segundo a tradição, por volta de 1846 ela mandou erigir, no local onde atualmente existe a praça que leva seu nome, uma capela dedicada ao culto de Santo Antônio. D. Ermelinda doou 25 alqueires de terra, dos 2.000 que possuía, para a formação da futura freguesia de Santo Antônio, posteriormente Santo Antônio dos Brotos, a fim de que essa propriedade fosse transformada em bens de uma paróquia a ser erguida por seu filho seminarista Manuel, quando se ordenasse padre. Deve-se a mudança de nome ao fato de um dos sólidos esteios da capela ter brotado, o que a população atribuiu a um milagre, acrescentando ao nome do padroeiro Santo Antônio a designação "dos brotos".
O crescimento da povoação motivou, em 1880, a criação do distrito policial de Santo Antônio dos Brotos. Em 1881, foi criado o distrito de paz e, em 1883, atendendo à solicitação da comunidade por meio da câmara de Pádua, o governo provincial resolveu mudar a denominação para Miracema.
Desde os seus primórdios até o fim do século XIX, Miracema contou com intensa vida econômica e social, verificando-se grande surto progressista na época em que suas lavouras de café, arroz, milho e feijão abarrotavam os mercados, aos quais chegavam em lombos de burros, via São Fidélis e, a partir de 1883, pelo ramal da estrada de ferro Santo Antônio de Pádua.
Em 1891, o governo atribuiu-lhe a categoria de distrito de Santo Antônio de Pádua. Em 1921, surge o Instituto Afrânio Peixoto, originando, em 1922, o Ginásio de Miracema e a Escola Normal (a terceira do estado). Com o progresso da localidade, a população passou a pleitear, junto às autoridades estaduais, a criação do município. Após dezesseis anos de luta com intensa participação popular, conseguiu-se que o município fosse emancipado pelo Decreto nº 3.401, de 7 de novembro de 1935, com instalação em 3 de maio de 1936. Em 1943, foi o município elevado à categoria de comarca.
Miracema recuperou-se da derrocada do café e iniciou a cultura do algodão para abastecer a fábrica de tecidos São Martino. Concomitantemente, desenvolveu a cultura da cana-de-açúcar em ação conjunta com a usina Santa Rosa. Foi crescendo a cultura do arroz irrigado, juntamente com a pecuária leiteira, que hoje é a principal atividade rural do município.
A rodovia RJ-116 cruza o município, alcançando Laje do Muriaé ao norte e Santo Antônio de Pádua ao sul. Importante eixo rodoviário do interior do estado, sai de Itaboraí e segue por Cachoeiras de Macacu, Nova Friburgo, Bom Jardim, Duas Barras, Cordeiro, Macuco, São Sebastião do Alto, Itaocara, Aperibé, Santo Antônio de Pádua, Miracema, Laje do Muriaé e conecta com a BR-356 a noroeste de Itaperuna, na localidade de Comendador Venâncio. Outra rodovia estadual, a RJ-200, cruza-o de leste a oeste, onde chega a Palma, no Estado de Minas Gerais. Em leito natural, a RJ-188 alcança a localidade de Paraoquena, em Santo Antônio de Pádua.
Segundo o Censo 2010, o município possuía 9.341 domicílios, dos quais 4% eram de uso ocasional. Miracema possui três agências de correios, quatro agências bancárias e dois estabelecimentos hoteleiros. Quanto aos equipamentos culturais, o município não tem cinema, mas dispõe de dois teatros, um museu e duas bibliotecas públicas.
Fonte das informações: Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Estudos Socioeconômicos dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro 2013 - Miracema. Disponível no sítio do TCE-RJ.
Mortalidade infantil | N | Tendência | |
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Mortalidade infantil | 4 | ||
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Neonatal precoce | 4 | ||
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Neonatal tardia | 0 | ||
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Pós neonatal | 0 | ||
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Mais informações: Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Estudos Socioeconômicos dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro 2016 - Natividade
A evolução de Natividade acha-se vinculada à de Itaperuna e tem origem na penetração do desbravador José de Lannes Dantas Brandão, por volta de 1831, o qual, estabelecido na fazenda da Conceição, desencadeou fluxo migratório para a região. Em 1834, José de Lannes trouxe seus irmãos Antônio e Francisco, que receberam terras na margem esquerda do rio Carangola. Com isso, o vale do Carangola tornava-se habitado, enquanto o vale do Muriaé permanecia desabitado. Em 1853, foi criada a freguesia de Nossa Senhora de Natividade do Carangola e, a partir do final do século XIX, com o advento da ferrovia, sua colonização se processou de forma rápida e contínua.
A freguesia chegou a tornar-se vila e sede do então recente município de Itaperuna, em 1885. Logo depois, perde sua hegemonia, passando por período de modificações administrativas. Enquanto essas modificações se processavam, as lavouras floresciam, permitindo aos seus proprietários usufruírem algum dinheiro, em grande parte devido ao suor do negro escravizado. Com o advento da lei abolicionista em 1888, esta situação de prosperidade sofreu um sério abalo que, durante longo tempo, afetou a economia local. Entretanto, com o advento do Decreto nº 101, de 27 de junho de 1890, a região alcança emancipação política, integrando seu território o distrito de São Sebastião do Varre-Sai. O novo governo republicano estabeleceu a criação do município de Natividade do Carangola como uma forma de amparar e favorecer o desenvolvimento socioeconômico regional.
Mais recentemente, registra-se a alteração do nome para Natividade e o desmembramento do distrito de Varre-Sai, constituindo novo município na Região Noroeste Fluminense, sendo instalado em 22 de agosto de 1947. A cidade desenvolveu-se isoladamente, junto às margens do rio Carangola e em vasta zona montanhosa e fragmentada, tornando-se importante centro ferroviário para embarque da produção cafeeira. O café aproveitou antigos solos da mata e as condições climáticas favoráveis.
A partir da década de 1950, a decadência da lavoura do café teve como conseqüência a estagnação da dinâmica urbana. No decorrer do século XX, Natividade dedicou-se cada vez mais à pecuária, deixando o café de ser a cultura mais importante na cidade. A agricultura passou a ser dirigida para o arroz, o milho e o feijão. A cidade, atualmente, promove o turismo rural e religioso, destacando fazendas históricas e o sítio onde, no início do século passado, teria ocorrido uma aparição de Nossa Senhora.
Dentre as estradas estaduais que servem ao município, destacam-se a RJ-220, a única totalmente asfaltada, que alcança Porciúncula ao norte e Itaperuna ao sul; e a RJ-214, que alcança Varre-Sai a nordeste e Raposo, distrito de Itaperuna, a sudoeste. Também em leito natural, servem o município as rodovias RJ-198, RJ-212 e RJ-226.
Segundo o Censo 2010, o município possuía 5.967 domicílios, dos quais 7% eram de uso ocasional. Natividade possui três agências de correios, quatro agências bancárias e nenhum estabelecimento hoteleiro. Quanto aos equipamentos culturais, o município não tem cinema, mas dispõe de um teatro, um museu e duas bibliotecas públicas.
Fonte das informações: Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Estudos Socioeconômicos dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro 2013 - Natividade. Disponível no sítio do TCE-RJ.
Mortalidade infantil | N | Tendência | |
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Mortalidade infantil | 1 | ||
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Neonatal precoce | 0 | ||
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Neonatal tardia | 0 | ||
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Pós neonatal | 1 | ||
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Mais informações: Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Estudos Socioeconômicos dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro 2016 - Porciúncula
Porciúncula localiza-se no extremo noroeste do estado e faz divisa com Minas Gerais. Até o século XIX, esse município manteve-se fora das correntes colonizadoras, estando sua origem e evolução muito relacionadas ao crescimento de Itaperuna. Suas terras começaram a ser desbravadas entre os anos de 1821 e 1831, quando José Lanes Dantas Brandão fixou-se na região anteriormente utilizada pelos bandeirantes e por aventureiros que demandavam a baixada pelos afluentes da margem esquerda do rio Paraíba do Sul.
Após a fixação de José Lanes, começaram a circular as primeiras notícias sobre a fecundidade do solo, o que resultou no deslocamento de diversas famílias para a região, entre elas os Tinocos, Custódios, Alves e Pereiras. Em 1846, numa gleba de 10 alqueires de terras, foi edificada uma capela em devoção a Santo Antônio. Inicialmente, a atividade econômica predominante foi a criação de gado, que se desenvolveu em fazendas de grandes extensões, mas, com o advento da economia cafeeira a partir do final do século XIX, a colonização se efetuou de forma rápida e uniforme, promovendo o desenvolvimento da região.
A ocupação urbana teve início em meados do século XIX. Em decorrência, no ano de 1879, foi criada a freguesia de Santo Antônio do Carangola. Os trilhos da estrada de ferro Carangola chegaram, e a inauguração de seus serviços ocorreu em 25 de junho de 1883, com a presença de dom Pedro II. Em 1885, o território da freguesia deixou de pertencer ao município de Campos dos Goytacazes para se constituir parte do então recém-criado município de Itaperuna.
Em 1938, após algumas modificações de nome, o território passou a se denominar Porciúncula, uma homenagem que os donos da estrada de ferro fizeram ao presidente da província, José Thomaz de Porciúncula, quando da inauguração da nova estação. Foi reconhecido como município e alcançou emancipação pela Lei nº 6, de 11 de agosto de 1947, com instalação em 22 de agosto do mesmo ano.
A partir de sua emancipação, Porciúncula manteve seu crescimento, com a economia voltada para o desenvolvimento da pecuária, arroz, milho e feijão. Os recursos florestais do município sofreram processo predatório paralelo à ocupação econômica para cultivo do café, época em que Porciúncula foi um dos principais produtores do estado. Posteriormente, dedicou-se à pecuária leiteira. A cidade localiza-se à margem direita do rio Carangola, ao longo de seu sinuoso percurso.
As principais rodovias são a RJ-220, que alcança Natividade ao sul, e a RJ-230, que cruza o município de norte a sul, parte em leito natural. Outras componentes do sistema viário que atende ao município são a RJ-198 e a RJ-226.
Segundo o Censo 2010, o município possuía um número total de 6.861 domicílios, dos quais 4% eram de uso ocasional. Porciúncula possui três agências de correios, quatro agências bancárias e nenhum estabelecimento hoteleiro. Quanto aos equipamentos culturais, o município não tem cinema e teatro, nem museu, mas dispõe de uma biblioteca pública.
Fonte das informações: Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Estudos Socioeconômicos dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro 2013 - Porciúncula. Disponível no sítio do TCE-RJ.
Mortalidade infantil | N | Tendência | |
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Mortalidade infantil | 2 | ||
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Neonatal precoce | 1 | ||
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Neonatal tardia | 0 | ||
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Pós neonatal | 1 | ||
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Mais informações: Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Estudos Socioeconômicos dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro 2016 - Santo Antônio de Pádua
A origem do município de Santo Antônio de Pádua, compreendido em terras inicialmente da capitania de São Tomé, remonta ao século XVIII, quando frades capuchinhos empenharam-se em catequizar indígenas da região. No século XIX veio a ser dado novo impulso às obras missionárias, quando foram doadas terras pelos fazendeiros João Francisco Pinheiro e João Luiz Marinho a frei Florido de Città di Castelli, para aldear e catequizar os índios puris. Com liberdade para escolher o local que desejasse, frei Florido preferiu as terras ao lado de uma cachoeira, à margem esquerda do rio Pomba, onde construiu uma capela com mão-de-obra indígena, consagrada a São Félix. Ali se formou o arraial da Cachoeira, passando depois a denominar-se arraial de São Felix.
No final da década de 1830 ou princípio da década de 1840, outro padre, frei Bento Giovanni Benedetta Libilla, construiu novo templo fora das terras de frei Florido, consagrando-o a Santo Antônio de Pádua. Aos poucos, por causa da igreja, os moradores passaram a chamar a localidade de Santo Antônio de Pádua, que ficou sendo o nome definitivo do arraial.
Primeiramente dedicado à cafeicultura, o fluxo migratório proveniente de Campos desenvolveu a cana-de-açúcar, consolidando a evolução econômica e demográfica da região. O desenvolvimento local levou o governo, em 1843, a criar a freguesia de Santo Antônio de Pádua, sob jurisdição de São Fidélis. A freguesia progrediu rapidamente, sobretudo no setor agrícola, emancipando-se em 1882, através do Decreto nº 2.597 daquele ano, elevada à categoria de vila com instalação em 26 de fevereiro de 1883. Poucos anos depois, pelo decreto nº 17, de 27 de dezembro de 1889, Santo Antônio de Pádua alcançou foros de cidade.
A implantação do sistema ferroviário determinou a formação de diversos sítios urbanos, geralmente a partir das estações, como é o caso das sedes distritais de Baltazar, Paraoquena e Aperibé, emancipado mais recentemente. Posteriormente, em outra realidade econômica, as rodovias cumpririam o papel antes desempenhado pela estrada de ferro, surgindo novos núcleos, como Marangatu, Ibitiguaçu e Monte Alegre.
Santo Antônio de Pádua possui áreas montanhosas e vales, onde a fertilidade de suas terras é visível, em especial na cultura de arroz, milho e cana-de-açúcar. Além da agricultura, possui inúmeras indústrias de pedras decorativas. A pecuária leiteira, as indústrias de papel e o comércio também fazem parte das principais atividades geradoras de renda do município. O turismo é outra fonte de recursos, graças à qualidade de suas águas minerais.
O município é servido por quatro estradas estaduais: a RJ-186, que o interliga a Além-Paraíba, em Minas Gerais, a sudoeste, e São José de Ubá, a nordeste; a RJ-116, que alcança Aperibé, a sudeste, e Miracema, ao norte; a RJ-188 que, em leito natural, margeia a fronteira com Minas; a RJ-200, também de terra, que serve à localidade de Monte Alegre. O transporte ferroviário atende o município através de ramal que parte de Campos, passa por São Fidélis e Cambuci, em direção a Recreio, em Minas Gerais. Importante eixo rodoviário do interior do estado, a RJ-116 sai de Itaboraí e segue por Cachoeiras de Macacu, Nova Friburgo, Bom Jardim, Duas Barras, Cordeiro, Macuco, São Sebastião do Alto, Itaocara, Aperibé, Santo Antônio de Pádua, Miracema, Laje do Muriaé e conecta com a BR-356 a noroeste de Itaperuna, na localidade de Comendador Venâncio.
Segundo o Censo 2010, o município possuía 16.451 domicílios, dos quais 5% eram de uso ocasional. Santo Antônio de Pádua possui dez agências de correios, quatro agências bancárias e seis estabelecimentos hoteleiros. Quanto aos equipamentos culturais, o município dispõe de um cinema e um teatro, e de uma biblioteca pública. Não tem museu.
Fonte das informações: Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Estudos Socioeconômicos dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro 2013 - Santo Antônio de Pádua. Disponível no sítio do TCE-RJ.
Mortalidade infantil | N | Tendência | |
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Mortalidade infantil | 11 | ||
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Neonatal precoce | 6 | ||
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Neonatal tardia | 3 | ||
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Pós neonatal | 2 | ||
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Mais informações: Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Estudos Socioeconômicos dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro 2016 - São José de Ubá
A origem do município de São José de Ubá encontra-se ligada à de Cambuci, município ao qual pertencia quando foi emancipado. Ocupada inicialmente pelos índios puris, a região ficou conhecida como "ranchos dos ubás", pois abrigava os tropeiros oriundos das Minas Gerais. Sua ocupação territorial teve início a partir do século XIX, com a abertura de caminhos que seguiam o curso do rio Paraíba do Sul, seus afluentes Pomba e Muriaé e demais tributários constituintes dessa bacia hidrográfica. Em sua maioria simples trilhas para passagem de tropas de muares, percorriam a Região Noroeste a caminho da Zona da Mata mineira.
Com o declínio da mineração, os mineiros saíram à procura de novas terras férteis para cultivarem o café, sendo este o principal fator de seu povoamento e urbanização, embora outras culturas tenham estado presentes em sua economia. Um dos mais antigos proprietários dessas terras foi o Sr. José Bastos Neto (Juca Neto), que doou parte delas a São José, padroeiro de pequena capela na localidade, daí a origem do nome São José de Ubá.
A decadência do café levou a profundas mudanças na finalidade do uso das terras, mostrando a predominância progressiva das pastagens em contraponto ao decréscimo das áreas ocupadas por lavouras e matas. Na zona rural, as áreas antes cobertas pelos cafezais cederam lugar à pecuária leiteira, base de sustentação da indústria regional de laticínios, presente, em maior ou menor escala, na totalidade dos municípios da Região Noroeste. O distrito de São José de Ubá foi criado pelos Decretos Estaduais nº 1, de 8 de maio, e I-A, de 3 de junho de 1892. Em 1938, passou a denominar-se Juca Neto. Posteriormente, em 1943, retornou a primitiva denominação de São José de Ubá.
No ano de 1960, iniciou-se o plantio de tomate, produto este que mudou a história econômica da cidade. São José de Ubá é hoje o 2º maior produtor de tomate do Rio de Janeiro, e sua comercialização é feita por meio do Mercado Produtor do Norte Fluminense, que se acha instalado na cidade. O município é servido pela RJ-186, que acessa Santo Antônio de Pádua, a sudoeste, e Itaperuna, a noroeste. Em leito natural, a RJ-198 segue rumo norte para Itaperuna, e rumo sul para Cambuci.
Segundo o Censo 2010, o município possuía 2.750 domicílios, com uma taxa de ocupação de 4%. Dos 393 domicílios não ocupados, 25% eram de uso ocasional. São José de Ubá possui uma agência de correios, três agências bancárias e nenhum estabelecimento hoteleiro. Quanto aos equipamentos culturais, o município não tem cinema e teatro, nem museu, mas dispõe de uma biblioteca pública.
Fonte das informações: Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Estudos Socioeconômicos dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro 2013 - São José de Ubá. Disponível no sítio do TCE-RJ.
Mortalidade infantil | N | Tendência | |
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Mortalidade infantil | 1 | ||
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Neonatal precoce | 0 | ||
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Neonatal tardia | 0 | ||
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Pós neonatal | 1 | ||
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Mais informações: Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Estudos Socioeconômicos dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro 2016 - Varre-Sai
A história de Varre-Sai acha-se vinculada à de Natividade, município do qual era sede distrital. Inicialmente, a região fazia parte da capitania do Espírito Santo, cujo donatário era Pero Gois, e sua evolução acha-se vinculada à de Itaperuna, com origem na penetração do desbravador José Lanes Brandão na área por volta de 1831, o que desencadeou o fluxo migratório. Em decorrência, em 1853 foi criada a freguesia de Nossa Senhora de Natividade do Carangola e, com o advento da ferrovia a partir do final do século XIX, sua colonização se processou de forma rápida e contínua. A freguesia de Carangola chegou a tornar-se vila e sede do então recente município de Itaperuna, em 1885. Logo depois, contudo, perde sua hegemonia, passando por períodos de modificações administrativas.
O surgimento da cidade de Varre-Sai teve um personagem de fundamental importância: Felicíssimo Faria Salgado, doador das terras do povoado nos idos de 1850. Ele o fez devido a uma promessa a São Sebastião, dando origem ao vilarejo de São Sebastião do Varre-Sai. Em 1920, foi construída a atual igreja de São Sebastião, hoje um dos pontos turísticos do município. O nome Varre-Sai vem da história da sitiante Dona Inácia, proprietária de um rancho no percurso de uma trilha de tropeiros, por onde passava o café colhido da Zona da Mata mineira em direção ao litoral, para ser embarcado rumo ao Rio de Janeiro. Dona Inácia emprestava esse rancho para as tropas pernoitarem e pedia para manterem o rancho sempre limpo. Ela dizia "varre e sai". Com o passar do tempo, o local ficou conhecido como Varre-Sai.
Figura não menos importante é a do fazendeiro Bambino Rodrigues França, que chegou a possuir oito fazendas na região e decidiu importar mão-de-obra europeia para substituir o trabalho escravo em suas propriedades. A localidade teve sua consolidação com a chegada de cem famílias italianas a partir de 1897, as quais a colonizariam e a tornariam famosa por seu tradicional vinho de jabuticaba. A rodovia RJ-214 liga Varre-Sai a Natividade, ao sul, seguindo rumo nordeste em leito natural. Também de chão, as vias estaduais RJ-198 e RJ-230 completam o sistema rodoviário do município.
Segundo o Censo 2010, o município possuía 3.434 domicílios, dos quais 5% eram de uso ocasional. Varre-Sai possui uma agência de correios, três agências bancárias e um estabelecimento hoteleiro. Quanto aos equipamentos culturais, o município não dispõe de cinema e teatro, mas tem um museu e uma biblioteca pública.
Fonte das informações: Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Estudos Socioeconômicos dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro 2013 - Varre-Sai. Disponível no sítio do TCE-RJ.
Mortalidade infantil | N | Tendência | |
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Mortalidade infantil | 1 | ||
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Neonatal precoce | 1 | ||
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Neonatal tardia | 0 | ||
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Pós neonatal | 0 | ||
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A região Noroeste Fluminense está situada no limite com os Estados de Minas Gerais e Espírito Santo, correspondendo a cerca de 13,5% da área total do Estado do Rio de Janeiro. É composta por 14 municípios, que estão localizados às maiores distâncias relativas da capital do Estado, tornando praticamente inviáveis as chamadas migrações pendulares e dificultando os contatos com o nível central de atenção à saúde.
A população total da região Noroeste Fluminense corresponde a apenas 2% do total do Estado, a despeito de sua relativamente grande extensão territorial. As densidades demográficas líquidas são muito baixas, especialmente em Cambuci, Cardoso Moreira e São José de Ubá, onde não chegam a 30 habitantes por km². A região apresenta certo equilíbrio entre os sexos, como se observa na razão de sexos, inclusive entre os idosos onde a razão mais baixa passa de 75 homens para cada 100 mulheres idosas, em Miracema. Cardoso Moreira conta com mais 97 homens idosos para cada 100 mulheres.
Taxas de fecundidade muito irregulares por conta das pequenas populações, com exceção de Itaperuna (que acompanha o padrão estadual mas tem queda no nível da fecundidade mais cedo), dificultam as análises nesta região. As taxas de crescimento anual, por sua vez, ficam um pouco abaixo da média estadual, com exceção de Aperibé e Varre-Sai, e alguns municípios mostram taxas negativas de crescimento e migração, ainda que de baixa magnitude. Aperibé se destaca com 2% de taxa l[iquida migratória entre 2000-2010, e Laje do Muriaé, com -0.96%.
Na média, o Noroeste Fluminense se equipara ao Estado no que toca ao percentual de menores de cinco anos em sua pirâmide etária, acompanhado de uma elevada proporção de idosos. Nesse aspecto, a região supera a média estadual (com exceção de Varre-Sai), situação corroborada pelo índice de envelhecimento muito elevado (com destaque para Cambuci, Italva e Itaocara). Esse envelhecimento populacional, porém, pode ser relativo, refletindo a evasão de jovens da região, talvez, e não significando necessariamente uma melhoria da qualidade de vida da população nem uma maior longevidade.
No que toca aos nascimentos, o percentual de cesáreas na região é extremamente alto, mais de 88% em 2013, e mantém a tendência de crescimento. Tanto entre as mães adolescentes quanto entre as adultas, o percentual de partos cesáreos supera muito a média estadual. Aperibé, Bom Jesus do Itabapoana, Natividade e Santo Antônio de Pádua apresentaram altos percentuais de mães adolescentes com menos de quatro consultas de pré-natal (de 15% a 26%); por outro lado, na maioria dos municípios da região Noroeste os percentuais de mães adolescentes com sete ou mais consultas ficaram acima da média estadual.
A instrução na região Noroeste Fluminense se encontra em situação precária, com taxas de analfabetismo que superam muito a média estadual, inclusive por sexo. Nenhum dos municípios da região apresenta um grau de urbanização de 100%, e os percentuais de área efetivamente urbanizada não chegam a 2% da área total dos municípios. Na verdade, esta é uma das regiões menos urbanizadas do Estado do Rio de Janeiro, com uma economia de base primária e uma agroindústria incipiente.
A principal vocação da região relaciona-se ao desenvolvimento do setor agro-alimentar, principalmente no beneficiamento da carne, leite, frutas e olerícolas. O município de Itaperuna, além da vocação para ser o centro polarizador da industrialização de alimentos, apresenta a vocação industrial mais ampla da região, englobando atividades como metalurgia, mecânica leve e material elétrico leve. Ressalta-se o significado da indústria de confecção, constituída, em geral, por micro e pequenas empresas, mas que impactam a economia regional pelo grande número de pessoas ocupadas na atividade. A extração de mármore, granito e calcário em vários municípios da região, assim como a indústria de pedras ornamentais no município de Santo Antônio de Pádua, representa também importante potencial de desenvolvimento econômico.
Quanto ao saneamento básico, o abastecimento de água pela rede geral é inferior à média estadual em sete dos 14 municípios do Noroeste. Quanto ao esgotamento sanitário, quatro de seus municípios apresentam uma situação de enorme carência com relação a estes serviços - Cambuci, Cardoso Moreira, São José de Ubá e Varre-Sai. No que diz respeito à coleta de lixo, a maioria dos municípios da região fica abaixo da média estadual, com exceção dos municípios de Bom Jesus do Itabapoana, Itaperuna e Miracema. Em situação precária se destacam os municípios de Laje do Muriaé e Varre-Sai.
Internações - complexidade | Média | Alta | Total | |
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Percentual de internação | 92.68 | 7.32 | 100.00 | |
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Taxa de internação | 6.56 | 0.52 | 7.08 | |
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Tempo médio de internação | 7.85 | 6.58 | 7.76 | |
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Custo médio de internação (R$) | 1.049 | 7.147 | 1.496 | |
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Taxa de mortalidade | 5.45 | 5.76 | 5.47 | |
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